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domingo, 13 de março de 2011

UnB ajuda em alertas sobre reflexos do tsunami japonês na América Informações do Observatório Sismológico, que registrou o terremoto de 8,9 graus, são usadas por centros de alerta internacionais.

Informações do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília ajudam o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico a antecipar possíveis desdobramentos do terremoto que atingiu o Japão na última madrugada. Segundo informações do centro internacional, o tsunami gerado pelo tremor de terra vai chegar a outras regiões do oceano, inclusive à costa oeste da América do Sul, ainda nesta sexta-feira, 11 de março. Chile e outros países da América, como os Estados Unidos e o Canadá já estão em estado de alerta.A UnB faz parte da Global Sismology Network, uma rede internacional de observatórios sismológicos que mapeia e estuda abalos sísmicos no mundo todo. O professor e sismólogo George Sand França explica que os sensores do observatório captam a energia liberada pelo solo, que chega mais rápido do que a energia liberada na água. “As informações registradas pelo nosso sismógrafo ficam à disposição do Centro de Alerta, que a utiliza para gerar os alertas contra desastres”, detalha.A Global Sismology Network possui pouco mais de 100 observatórios. Três deles são da UnB. “Dos quatro observatórios no Brasil, apenas o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte não é administrado pela UnB”, explica George. Os sensores estão instalados em dois poços no Parque Nacional de Brasília e funcionam como uma lente de aumento, que amplia as vibrações do solo para serem estudadas. Os dados detectados pelos sensores são transmitidos em tempo real via satélite.
Os dados coletados sobre o terremoto de 8,9 graus na escala Richter – considerado o maior da história do Japão – gerou um alerta de tsunami emitido para toda a região do oceano Pacífico, com exceção do território continental dos Estados Unidos e Canadá. O governo do Havaí ordenou a remoção da população de sua área costeira, e autoridades norte-americanas também determinaram a retirada das pessoas de áreas baixas, pois a altura da onda gigante é maior do que a altitude de algumas ilhas locais.VIAGEM PELO MAR – O reflexo do tsunami japonês na América gera uma dúvida: como uma onda gerada por um terremoto no Japão chega à América? O geólogo João Willy, do Instituto de Geociências da UnB, explica que a onda gerada pelo abalo sísmico no fundo do oceano mantém a energia recebida pelo tremor e pode viajar milhares quilômetro pela água até atingir a costa. “Nesse trajeto ela pode ganhar ou perder energia. Por isso não é possível saber o impacto do tsunami após o percurso”.O terremoto registrado às 2h46 desta sexta-feira, horário de Brasília, gerou ondas de até 10 metros que invadiram cidades da costa leste do Japão e arrastaram barcos de pesca e outras embarcações pelas cidades. A refinaria de petróleo Cosmo, na cidade de Chiba, perto de Tóquio, pegou fogo, com chamas de até 30 metros de altura. Há o registro de, pelo menos, 32 mortes por conta das enchentes. Segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos este é o sétimo maior tsunami da história.
Mais informações sobre o Centro de Alertas de Tsunamis aqui.
fonte: www.unb.br

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