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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Haiti volta à pauta mundial após surto de cólera


Depois do violento terremoto que destruiu o país em janeiro desse ano, o Haiti é assolado agora por um surto de cólera que já matou mais de 250 pessoas e infectou outras três mil. O diretor geral do Departamento da Saúde do Haiti, Gabriel Thimote, afirmou no último domingo, no entanto, que foi registrada uma diminuição no número de mortes e de pessoas hospitalizadas nas áreas mais críticas.

Cerca de 1 milhão de sobreviventes do terremoto estão vivendo em barracas próximas à capital, sem saneamento básico e com acesso limitado a água potável. Acredita-se que o surto de cólera tenha sido provocado pelo consumo de água contaminada do rio Artibonite. As localidades mais atingidas são Douin, Marchand Dessalines e arredores de Saint-Marc, a cerca de 100km de Porto Príncipe. Mas, vários casos foram registrados na cidade de Gonaives e em vilarejos próximos à capital, entre eles Archaei, Limbe e Mirebalais.

Centros especiais para o tratamento de cólera foram montados nas áreas com maior número de casos e na capital. De acordo com o governo, o país possui antibióticos suficientes para tratar até 100 mil pacientes.

Ocupação militar brasileira

Desde 2004, o Brasil comanda e integra a Minustah (Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti) num quadro claro de ocupação militar, atitude imperialista e contrário à auto-determinação do povo daquele país. Com a justificativa de promover a estabilização, a missão converteu-se em presença opressora e reúne uma série de denúncias de violência contra civis haitianos.

Diversos movimentos sociais brasileiros e o PSOL defendem a retirada imediata das tropas brasileiras no Haiti, pois acreditam que elas não garantem a pacificação e cumprem o papel de impedir as manifestações e revoltas populares. As mulheres são as principais vítimas, perseguidas e violentadas pelas tropas de ocupação.

Ao invés de policiamento, o Brasil poderia se empenhar em dar ao Haiti apoio técnico, para sua agricultura, médicos para sua população, além da implantação de projetos sociais de saúde, saneamento, educação e pleno emprego, que estimulem em curto prazo sua emancipação.

Nesse sentido, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro anunciou no dia 25 de outubro que irá enviar US$ 2 milhões (cerca de R$ 3,4 milhões) para auxílio à população e ao governo do Haiti no combate ao surto de cólera. O Ministério da Saúde deverá enviar, ainda nesta semana, dois médicos epidemiologistas que ajudarão as autoridades sanitárias locais na montagem da estratégia de combate à doença. O órgão também estuda também o envio de recursos autorizados por crédito extraordinário para a ação no Haiti.

Eleições

O candidato à Presidência do Haiti Leslie Voltaire pediu no dia 25 de outubro o adiamento das eleições gerais do país, caso a epidemia de cólera continue.
“Acho que se a epidemia se prolongar, teremos de adiar as eleições em meu país porque é melhor salvar vidas que fazer eleições”, argumentou o político, momentos após uma reunião em Santo Domingo.

Voltaire qualificou de “grave” a situação apresentada nos últimos dias no Haiti, mas se mostrou “confiante” em que as autoridades sanitárias de seu país, junto às da OMS (Organização Mundial da Saúde), possam conter a propagação do mal.
“As eleições devem ser realizadas, mas, para nós, o mais importante é que o povo continue vivendo. Faremos as eleições quando as condições o permitirem”, afirmou o candidato à sucessão do presidente haitiano, René Préval.

Com informações da BBC Brasil e Folha de S. Paulo




Veja abaixo texto escrito pela Secretaria de Relações Internacionais do PSOL após o terremoto de 12 de janeiro de 2010:

Haiti nos chama: solidariedade incondicional e respeito à soberania do país

Por Secretaria de Relações Internacionais do PSOL

No Haiti a terra sacudiu-se contra um povo digno. Chamamos todos os governos e organizações a reagir com a mesma força do terrível terremoto. É isso o que merece o povo haitiano. É preciso tecer uma autêntica solidariedade internacional em defesa deste povo, que marcou a história do nosso continente com a coragem da luta por justiça social. Um povo que, se hoje é o mais pobre da América Latina, é porque foi subjugado, levado à miséria pela espoliação sistemática de potências imperialistas. Como nunca, a solidariedade mundial com os haitianos é necessária: urge criar condições para uma reparação histórica das violências cometidas contra o país.

Imperialismo e catástrofe permanente

O Haiti viveu processos extremos ao longo de sua história. Foi o país mais rico da América Latina colonial, entre os primeiros exportadores de açúcar do mundo no século XVIII. Mas a riqueza da terra se converteu em pobreza dos homens. Os escravos africanos trabalhavam como animais para adoçar os cafés e chás europeus. Em 1792, o Haiti foi palco da primeira revolução social escrava do planeta. Foi o Haiti o principal responsável por forçar a França a abolir a escravidão em seu império. Os haitianos revolucionários de 1792 colocaram até jacobinos franceses contra a parede, e foram, por isso, nomeados de “jacobinos negros”. Constituiu-se uma corajosa e inédita “República Negra”. Em 1802, Napoleão decretou a volta do sistema escravista em suas colônias do sul. O Haiti se revoltou novamente, e em 1804 seu povo con quistou a independência política nacional. Foi o primeiro país latino americano que se emancipou (formal e parcialmente) do jugo europeu. Dessa vez, constituiu um Império.

As elites latino-americanas atravessaram o século XIX sob o fantasma da revolução escrava no Haiti. Já o Haiti atravessou o século XIX sendo assediado pelos norte americanos, que empossaram e golpearam governantes como se o país fosse um brinquedo. Depois da invasão de marines em 1888, o mais longo período de intervenção ianque durou quase 30 anos (1915-1934). De 1957 a 1986, o país foi subordinado à ditadura dos Duvalier (Papa Doc e seu filho, Baby Doc). Comandantes de tropas paramilitares aterrorizantes chamadas tonton macoutes, os Duvalier aprofundaram o quadro de miséria e violência, e submeteram o país a uma ditadura marcada por assassinatos e desaparecimentos de mais de 30 mil pessoas. Além disso, foram autores do crescimento astronômico da dívida pública do Estado haitiano, amarrando qua lquer possibilidade de soberania.

Após sucessivas juntas militares provisórias de governo, Jean-Bertrand Aristide se tornou presidente em 1990. Porém foi golpeado por militares no ano seguinte. Após mais uma sucessão de golpes e contragolpes, Aristide voltou ao poder em 2001. Porém, uma onda de protestos aproveitada pelo imperialismo de Estados Unidos e França, o golpeou novamente em 2004. Desde então, há uma ocupação militar de tropas estrangeiras no país, sob o rótulo enganador de “estabilização política”.

O saldo negativo de 5 anos da “ação humanitária”no Haiti: só as multinacionais agradecem

Hoje, o Haiti possui 9 milhões de habitantes, 95% negros. 47% da população maior de 15 anos é analfabeta. Com o PIB per capita mais baixo da América Latina, o Haiti só supera alguns países da África e o Nepal. Dos 7 bilhões de dólares do PIB, 40% corresponde ao envio de remessas por haitianos que vivem no exterior, sobretudo Miami e Nova York.

A distribuição de renda é também das mais desequilibradas do mundo: os 10% mais pobres obtém 0,7% da renda nacional, enquanto os 10% mais ricos obtém 47,7% da renda. Com isso, 80% da população sobrevivem abaixo da linha de pobreza, ou seja, com menos de 1 dólar diário. 75% das casas não possuem saneamento básico, mais de 60% da população não tem acesso à água potável e não há serviço de coleta de lixo. O desemprego atinge 80% da população, e o salário médio não chega a 50 dólares mensais. A taxa de mortalidade infantil é a mais alta da América Latina e somente 24% dos partos recebem atendimento médico. A expectativa de vida é de 49 anos.

Desde 2004, o Brasil possui um contingente militar no país, e lidera uma operação da ONU. Depois de 5 anos de suposta “ajuda humanitária” da Missão das Nações Unidas para Estabilização Política do Haiti (Minustah), a situação do país permanece desumanamente inalterada. As tropas azuis da ONU reprimiram duramente protestos populares, violentaram as rebeliões civis, e não produziram ações sociais e políticas capazes de redistribuir a renda e criar condições de educação e saúde no país. A prometida “estabilidade política”, ao que parece, teve uma única e exclusiva função: garantir a presença das multinacionais no país e criar novos fluxos de capital. Além de servir como cruel laboratório do exército brasileiro: um campo vivo de treinamento militar permanente disfarçado de “a ção pacificadora”.

O terremoto do dia 12: converter investimento militar em investimento social e humanitário

Nesse momento, com a tragédia sem precedentes do terremoto do dia 12, urge transformar todo contingente militar da ONU em efetiva ajuda humanitária ao país. Não são necessárias armas! Violentar o povo que saqueia supermercados não é a melhor maneira de ajudar. Também não ajuda em nada “proteger os estabelecimentos comerciais” contra uma população desprotegida, faminta e pobre. É urgente enviar alimentos, água potável, roupas, remédios, e outros produtos de necessidade básica inclusive por pára-quedas. A dificuldade de se chegar ao local é um dos principais obstáculos. A situação de caos e desamparo é extrema. O povo de Porto Príncipe dorme nas ruas, com medo de novos tremores. A estimativa do presidente René Préval é de cerca de 50 mil mortos. Muitas pessoas ainda estão sob escombros e há u ma quantidade indefinida de feridos.

É preciso que todo o investimento bélico brasileiro no Haiti seja imediatamente convertido em investimento social e humanitário. Essa é hoje a principal exigência que todos devemos fazer ao governo brasileiro. A ajuda internacional arrecadada até hoje corresponde a míseros 3% do PIB do Haiti. Os 500 milhões de dólares doados ao povo haitiano pelo mundo, incluindo doações civis, nem se comparam aos mais de 10 trilhões de dólares que escoaram das reservas do Governo dos EUA para salvar Wall Street da crise econômica. Exigimos que essa ajuda seja multiplicada. Que todos os países e organizações financeiras internacionais credores do Haiti anulem imediatamente as dívidas do país.

As organizações populares brasileiras, movimentos sociais, sindicatos, ONG’s também tem o dever de articular campanhas de emergência em solidariedade ao povo haitiano. O PSOL se compromete a ser solidário e ativo com todas as medidas que se tomem nesse sentido.
FONTE: psol50.org.br

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Governo federal libera R$ 6,6 mi para modernização da Prefeitura

O Governo federal disponibilizou R$ 6,6 milhões para o município de Dourados através do PNAFM-2 (Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros). Os recursos serão aplicados em projetos de modernização da prefeitura. O anúncio foi feito na semana passada pelo diretor de Gestão Estratégica da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, Francisco Mendes de Barros, ao secretário municipal de Governo, Maurício Nogueira Rasslan.

De acordo com o secretário, com os recursos disponibilizados para o município, será possível modernizar o Geoprocessamento Multifuncional (GeoDourados), criado em 2007 e que hoje serve como referência no Brasil.

Maurício Rasslan acredita que os recursos, se bem utilizados, são suficientes para modernizar todo o sistema de geoprocessamento, que inclui sistema de rede, como Internet e Intranet. “Os recursos serão suficientes para dar esse choque de modernidade na prefeitura”, destacou o secretário. Ele informou que vai se reunir imediatamente com a equipe de Planejamento e Obras para definir os detalhes e trazer para Dourados os recursos disponibilizados pelo Ministério da Fazenda.

O sistema de Geoprocessamento Miltifuncional possibilitou a integração de dados das diferentes secretarias e desenvolveu processos de gestão cadastral e inúmeros aplicativos, permitindo assim o georreferenciamento dos processos internos. “É um sistema que permite que as informações existentes na prefeitura, dentro de suas secretarias, possam ser tratadas de forma que seus dados sejam utilizados por outros setores”, explica o gerente de Geoprocessamento da prefeitura, Carlos Dobes Vieira.

Ele lembra que já foram investidos R$ 300 mil com recursos do PNAFM na implantação do sistema, mas os recursos disponibilizados agora através da mesma linha de crédito servirão para modernizar o que já foi criado.

Desde a implantação do sistema de integração entre o cadastro e o registro de imóveis, foram executados pelo sistema 1.401 processos. Esse sistema de integração permite que hoje o município tenha em seu cadastro dados e informações legais dos imóveis, bem como a identificação jurídica dos proprietários, informação essencial para a gestão tributária, principalmente para possíveis execuções fiscais.

O mesmo sistema poderá, no futuro, servir de base para a implantação do Sistema de Cadastro e Registro Territorial (Sicart).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Biblioteca ganha registro em diretório de acesso livre

A Biblioteca Multimídia da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) ganhou status internacional com o registro no Diretório de Repositórios de Acesso Aberto (OpenDOAR). Trata-se do 28º repositório brasileiro registrado nesse diretório acadêmico de acesso livre e o primeiro da Fiocruz. A Biblioteca Multimídia foi criada e desenvolvida pela Ensp/Fiocruz para divulgar material de saúde pública, garantir o acesso livre a áudios, vídeos e apresentações multimídias da Escola e ampliar o conhecimento através de uma rede. Para integrar o OpenDOAR, a Biblioteca Multimídia foi visitada e checada por uma equipe internacional - assim como é feito com todos os repositórios registrados no diretório - garantindo o controle de qualidade da informação.

Leia mais no site da Ensp/Fiocruz.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Medicação usada pelos indígenas é mapeada

Em artigo publicado na revista "Cadernos de Saúde Publica" da Fiocruz, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina investigaram o consumo de medicamentos entre índios guarani residentes em uma aldeia do litoral de Santa Catarina. O estudo, que avaliou prescrições médicas e principais fármacos encontrados em domicílio, indicou que os guarani procuram postos de saúde principalmente para combater gripe, tosse e diarreia, além de consultar o pajé e praticarem automedicação com remédios e ervas.

Para a pesquisa, os índios foram entrevistados em três momentos distintos: em 2006 e 2007, por meio de visitas domiciliares, e durante todo o primeiro semestre de 2008, período no qual uma equipe de saúde também realizou consultas médicas. “Analisando seis meses (2008) de prescrições médicas, foram indicados 458 medicamentos em 236 consultas, sobressaindo-se as preparações para tosse e resfriado, os analgésicos e os anti-helmínticos, entre outros”, destaca o artigo.

Leia mais na Agência Fiocruz de Notícias.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas


O V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas Aplicadas à Saúde será realizado de 17 e 20 de abril de 2011, no Campus da Cidade Universitária da Universidade de São Paulo e terá como tema central “O lugar das Ciências Sociais e Humanas no campo da Saúde Coletiva”. O evento pretende reunir pesquisadores, docentes e estudantes de pós-graduação e graduação nas áreas de ciências humanas e sociais voltadas para a saúde, incentivando o debate, a reflexão e o enfrentamento dos desafios teóricos e práticos colocados para esta área no contexto contemporâneo. Realizado pela ABRASCO, o Congresso conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

Esri anuncia o lançamento do Free ArcGIS Viewer for Flex 2.1

Software permite aos usuários criar mapas online sem a necessidade de conhecer programação

A Esri acaba de anunciar o lançamento do ArcGIS Viewer for Flex, uma aplicação gratuita para ArcGIS Server e ArcGIS Online.

Desenhado a partir do ArcGIS API for Flex 2.1, permite a desenvolvedores customizar a aparência, funcionalidades e conteúdos de suas aplicações de mapas, sem a necessidade de conhecimentos em programação.

O ArcGIS Viewer for Flex inclui uma grande variedade de widgets que fornecem muitas das funcionalidades essenciais de Sistemas de Informações Geográficas (GIS) necessárias para criar aplicações de mapas na web.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Estudo propõe ações de vigilância em cimenteiras

As indústrias cimenteiras são o foco do estudo conduzido por Ana Braga, do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). A ideia é identificar os impactos sociais sobre a saúde e o ambiente, decorrentes da utilização de resíduos tóxicos como substitutos de fontes energéticas tradicionais adotadas por estas empresas.

De acordo com a pesquisadora, o crescimento populacional e o aumento do consumo têm gerado mais volume de lixo, especialmente urbano e industrial. Na medida em que cresceu em volume e em complexidade, o lixo passou a ser identificado como risco sanitário e ambiental, gerando a necessidade de rever as maneiras, até então utilizadas, para tratá-lo.

"Em realidade, o lixo sempre esteve mais próximo dos que vivem à margem da sociedade do que daqueles que o geraram, e na situação em estudo não é diferente. As indústrias cimenteiras, via de regra, instalam-se em municípios do interior, sobre jazidas de calcário que dificilmente poderiam ser exploradas em grandes centros. Modificam a vida das populações, alterando o perfil produtivo, as oportunidades de emprego e investimentos. Essa condição gera uma situação de forte dependência dos municípios em relação às cimenteiras, criando situações de injustiça ambiental", alerta a pesquisadora.

Leia mais na Agência Fiocruz de Notícias.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SES-DF confirma 18 mortes de pacientes infectados pela bactéria KPC

Mara Puljiz

Publicação: 07/10/2010 17:24 Atualização: 07/10/2010 18:49

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou nesta quinta-feira (7/10) a morte de 18 pessoas infectadas pela bactéria Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC). A SES-DF afirmou ainda que 111 pacientes de hospitais públicos e particulares estão entre casos confirmados e suspeitos de infecção pela bactéria em todo o DF.

Dos 111 casos registrados entre janeiro e 1º de outubro deste ano, 58 foram registrados no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). As 18 vítimas eram portadores da bactéria, mas não necessariamente morreram por isso. Alguns faleceram por causa de outras doenças.

A KPC é multirresistente aos efeitos de antibióticos. Portanto, segundo a secretária de Saúde, Fabíola Nunes, o objetivo é eliminar a bactéria. "Vamos combater a propagação da KPC. Temos investido no controle para que ela não se espalhe", disse a secretaria.


Trabalho de higienização

Mesmo com o reforço da SES-DF para a eliminação da KPC nos hospitais, o trabalho do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar continuará funcionando. Desde 1993, é obrigatório o serviço e controle de infecção pela Vigilância Sanitária.

O núcleo está visitando todos os hospitais e reforçando as medidas de higienização. Fabíola Nunes afirmou que não há notícias de que a bactéria tenha saído do ambiente hospitalar.

Os pacientes com a KPC estão em leitos isolados. A possibilidade de contágio da bactéria é maior em quem está com a imunidade muito baixa. Os infectados estão com enfermeiros técnicos exclusivos para evitar o contato com outros pacientes debilitados.


Bactéria

A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase é um tipo de bactéria que está entre as causadoras da pneumonia, mas sobretudo pode gerar infecção gastrointestinal e no trato urinário. Entre as formas de transmissão, estão o contato com as fezes e a saliva de infectados, por meio de aparelhos usados pelos médicos nos hospitais.

Fonte: www.correioweb.com.br

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Plano de Contingência da Dengue será avaliado em Goiás

A gerência de Vigilância Epidemiológica da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde (Spais), promove nos dias 6 e 7 de outubro, quarta e quinta-feira, oficina para adequação do Plano Estadual de acordo com as diretrizes do Plano Nacional de Contingência da Dengue (PNCD) no Hotel Athenas Plaza Rua 23-A, 112 St. Marista 9 (atrás do Colégio Marista). O evento terá a presença de dois representantes do Ministério da Saúde, Nélio Morais e João Bosco Siqueira, que vão apresentar o PNCD e seus componentes.
O coordenador de Controle de Vetores, Sócrates Siqueira de Souza, abordará as diretrizes do plano estadual e já a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Goiânia, Cristina Laval apresentará o plano do município. Além de palestras, discussão e trabalhos em grupos fazem parte da programação. No dia 7, quinta-feira, os técnicos do Ministério da Saúde apresentam as conclusões à Secretária da Saúde Irani Ribeiro.
São esperadas cerca de 60 pessoas. Além da Spais, vão participar técnicos das Superintendências de Vigilância Sanitária (Svisa) e de Atenção à Saúde (SAS); do Núcleo de Apoio ao Controle de Endemias (Nace); da Administração Regional de Saúde (ARS); e do Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen).

Plano – Dos 246 municípios que compõem o estado de Goiás, apenas um (Colinas do Sul) não está infestado pelo Aedes aegyti, vetor da dengue. Cerca de 54 cidades são consideradas prioritárias para o controle, obedecendo aos critérios do PNCD - capital de estado e a região metropolitana, município com população igual ou superior a 50 mil habitantes e municípios receptivos à introdução de novos sorotipos de dengue: fronteiras, portuários, núcleos de turismo e etc.
Diante da complexidade do controle da dengue é necessário elaborar o Plano Estadual de Contingência da Dengue para o enfrentamento de epidemias da doença através do controle do vetor e do acompanhamento, manejo e monitoramento dos casos. O Plano de Contingência da dengue no Estado de Goiás em 2010 será realizado atendendo às diretrizes nacionais para a prevenção e controle de epidemias de dengue do Programa Nacional de Controle da Dengue/SVS/MS.
Diversos fatores externos ao setor da saúde devem ser levados em consideração para que seja feito o controle da doença, já que contribuem para sua manutenção e dispersão e do vetor transmissor. Entre eles, destacam-se o surgimento de aglomerados urbanos, inadequadas condições de habitação, irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de resíduos, o recente trânsito de pessoas e cargas entre países e as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Fonte:www.saude.go.gov.br

Terceira edição do GeoPantanal discute mudanças ambientais na bacia do Alto Paraguai

De 16 e 20 de outubro, será realizado em Cáceres, Mato Grosso, o 3º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal (GeoPantanal). O evento é promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Embrapa Informática Agropecuária, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Unemat) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).

O simpósio é voltado, especialmente, a pesquisadores, professores, estudantes de graduação e de pós-graduação da área de geotecnologias e suas aplicações nos estudos do Pantanal e de regiões úmidas. As inscrições podem ser realizadas, até 9 de outubro, pela internet. Após esta data, os interessados devem se inscrever e efetuar o pagamento no local do evento.

Durante a programação, serão promovidas mesas-redondas para discutir desafios e perspectivas do desenvolvimento da região e os impactos das mudanças ambientais na bacia do Alto Paraguai, e para debater o monitoramento, a regularização e o licenciamento ambiental na bacia do Pantanal.

O 3º GeoPantanal promoverá, ainda, uma série de palestras com especialistas do Brasil e do exterior, além de cursos, sessões técnicas e exposições de painéis. Também vai possibilitar a divulgação de trabalhos científicos e metodológicos realizados na área geotecnológica, desenvolvidos em locais semelhantes ao Pantanal.

O evento conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), Ministério do Meio Ambiente, Mapa, Embrapa Pantanal (Corumbá, MS), Agência Espacial Brasileira (AEB), Revista Geografia, Revista GeoPantanal, Mundo Geo, Sociedade de Especialistas Latino-americanos em Sensoriamento Remoto (Selper) e dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e em Ecologia e Conservação da Unemat e em Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Fonte: mundogeo.com.br

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Professora da UnB recebe Prêmio Sérgio Arouca de Excelência em Saúde Pública

Durante a 50ª Reunião do Conselho Diretor da PAHO, com a participação de Ministros da Saúde e autoridades sanitários do continente americano, dia 27 de setembro de 2010, foi divulgado o resultado da primeira edição do Prêmio Sérgio Arouca de Excelência em Saúde Pública.

A solenidade ocorreu em Washington, nos Estados Unidos. A professora Maria Fátima de Sousa, da Universidade de Brasilia (UnB),Brasil, foi a vencedora do certame.

Na foto, o diretor da PAHEF, Edward Kadunc, a professora da UnB, Maria Fátima de Sousa, e a diretora da PAHO, Mirta Roses Periago, na solenidade de premiação. O Prêmio Sérgio Arouca foi lançado em evento realizado em setembro de 2009, em Washington DC, pela Fundação Pan-Americana de Saúde e Educação (PAHEF) em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), no âmbito do Programa de Cooperação Internacional em Saúde (TC 41).

A intenção do prêmio, proposto pelo Ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, é dar visibilidade às ações bem-sucedidas no campo de saúde pública, que representem avanços significativos nas condições de saúde das sociedades dos países em desenvolvimento das Américas e que sejam passíveis de replicação.

Memória

Sérgio Arouca foi um dos principais teóricos e líderes do chamado “movimento sanitarista”, que mudou o tratamento da questão da saúde pública no Brasil. A consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde tornou-se um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta Magna: a saúde é o dever de todos e o dever do Estado.

A tese de doutorado de Arouca, “O Dilema Preventivista: Contribuição para a Compreensão e Crítica da Medicina Preventiva”, forneceu fundamentos teóricos estruturantes para a constituição da base conceitual da saúde coletiva.
Militante da saúde, Sérgio Arouca foi fundador e colaborador ativo do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES) e da Associação Brasileira de Pós Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO), espaços onde foi concebido o Sistema Único de Saúde do Brasil.

Arouca teve também uma atuação internacional. Enquanto consultor da OPAS/OMS, contribuiu diretamente no planejamento do sistema público nacional de saúde da Nicarágua, além de participar de diversos outros projetos estratégicos da Organização, inclusive como seu consultor no México, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Peru e Cuba. Ao assumir a presidência da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) possibilitou a revitalização e expansão da instituição nas áreas de ensino, pesquisa, produção e desenvolvimento de tecnologia da saúde ao tempo em que presidiu a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que consolidou o Sistema Único de Saúde (SUS).