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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Consultoria espera nova onda de consolidação no segmento

Com dívidas totais que chegam a R$ 42 bilhões, valor equivalente a seu Produto Interno Bruto (PIB), e metade das usinas com algum problema de fluxo de caixa, o segmento sucroalcooleiro do país certamente terá pela frente uma nova rodada de fusões e aquisições, segundo diagnóstico de Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting. "A consolidação vai ocorrer assim que a crise econômica europeia der uma esfriada, porque agora os possíveis compradores estão muito receosos para fazer qualquer aquisição", afirma o consultor. No entanto, as futuras negociações não chegarão nem perto dos preços praticados em 2007, quando 25 operações entre usinas foram realizadas, 18 delas envolvendo empresas estrangeiras como a americana Bunge, as francesas Louis Dreyfus e Tereos e a espanhola Abengoa. Naquela rodada, o preço médio pago por uma usina alcançou o equivalente a US$ 130 por tonelada de cana-de-açúcar moída. "Hoje é difícil dizer o preço justo, mas a avaliação depende de a usina ter ou não terras próprias e produção própria e de boa qualidade", diz ele. Em 2003 e 2004, quando fundos e empresas multinacionais começaram a se interessar por usinas brasileiras, o preço médio praticado nas negociações era de apenas US$ 40 por tonelada de cana moída, conforme Corrêa. Apesar da crise, a trading Olam International, que tem capital aberto em Cingapura, antecipou o futuro e anunciou a aquisição da Usina Açucareira Passos, de Minas, em um negócio de US$ 240 milhões - US$ 128 milhões referentes à compra em si e o restante em futuros investimentos. Como a unidade tem capacidade para moer 1,8 milhão de toneladas por safra, é possível calcular que somente a aquisição saiu por US$ 71 por tonelada de cana, corroborando a opinião do consultor. A Olam, uma das maiores tradings de açúcar do mundo, ainda não tinha negócios diretos com cana no Brasil. Em linha com o cenário de Corrêa, pesquisa da PwC e do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e de Bioeletricidade (Ceise Br) com profissionais do setor identificou o endividamento como o fator mais limitante para o desenvolvimento da indústria. Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 25 de maio de 2012

UFSCar realiza encontro sobre gestão do setor sucroenergético

No próximo dia 02 de junho, a UFSCar realiza o Encontro do Curso Superior de Tecnologia em Produção Sucroalcooleira que vai reunir os estudantes da Universidade e autoridades na área em torno do tema “Gestão no setor sucroenergético: expectativas e oportunidades”. O objetivo do encontro é discutir os principais aspectos gerenciais da produção sucroalcooleira e refletir sobre como o cenário econômico, político, social e tecnológico do presente e do futuro podem influenciar no setor e na atuação do profissional da área. A programação conta com as palestras “Simulação computacional para apoio a tomada de decisão no setor sucroenergético”, com o professor Miguel Bueno da Costa, da UFSCar; “Evolução recente e perspectivas para o setor sucroenergético”, com Mariana Regina Zechin, analista econômica da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA); “Aspectos tecnológicos no processamento da cana-de-açúcar”, com o professor Claudio Hartkopf Lopes, da UFSCar; “Aspectos econômicos para a comercialização de açúcar e etanol”, com o professor Hildo Meirelles Souza Filho, da UFSCar; e “Aspectos Logísticos no setor sucroenergético”, com Aline Gisele Zanão, representante do Grupo Raízen (Piracicaba). As atividades são direcionadas aos alunos do curso de Tecnologia em Produção Sucroalcooleira da UFSCar, mas abertas a todos os interessados e se concentram entre as 8h e 12h35 da manhã do sábado, 02 de junho, no Anfiteatro Bento Prado Junior, localizado na área norte do campus São Carlos da UFSCar.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Pesquisa CCT UDOP libera entrada de dados para serviços de terceiros e custo mensal

A Pesquisa Corte, Carregamento e Transporte de Cana - CCT - da UDOP, abriu hoje (22), nova entrada de dados referentes aos serviços de terceiros, que devem ser respondidos até dia 22 de junho. As empresas que já realizaram o preenchimento dos dados, serão informadas da liberação do relatório dos resultados nos próximos dias. A partir de hoje, também, está liberada a entrada de dados para custo próprio mensal. O objetivo da pesquisa é levantar a média dos valores praticados pelo mercado, baseados em parâmetros das práticas e tecnologias utilizadas, em relação aos serviços terceirizados e o custo mensal. A adesão à pesquisa CCT da UDOP é gratuita aos associados. Usinas não associadas podem aderir à pesquisa, com custos. Para mais informações os interessados devem entrar em contato com o departamento de tecnologia da informação da entidade, através do telefone (18) 2103 0528 ou pelo e-mail: pesquisas@udop.com.br. Além da pesquisa CCT, a UDOP conta com as Pesquisas de Custos em Produção Agrícola, Pesquisas de Custos em Produção Industrial e a Pesquisa Salarial. Greizi Ciotta Andrade Fonte: Agência UDOP de Notícias

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Etanol tem alta de 0,75%

De acordo com matéria divulgada pela Agência UDOP no último dia (14), os preços dos etanóis fecharam a semana mistos, com baixa do hidratado e ganhos do anidro. Segundo informações divulgadas hoje (15) pelos pesquisadores Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, o recuo do hidratado deveu-se a oferta do produto. "Enquanto compradores adquiriram poucos volumes apenas para atender às necessidades imediatas - muitos estão na expectativa de novas quedas dos preços, com o avanço da safra", dizem os analistas. Quanto ao anidro, o Cepea atribui os ganhos "a produção mais lenta neste início de safra e o comprometimento das usinas com a entrega de volumes deste tipo negociados por meio de contratos, o que deram suporte aos preços na última semana". Na segunda-feira (14), o etanol hidratado foi negociado a R$ 1.212,00 o metro cúbico, alta de 0,75% ante os R$ 1.203,00 o metro cúbico de sexta-feira (11). As informações são do indicador diário Cepea/BVMF.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

“O uso de palha e bagaço na geração de energia elétrica pelas usinas pode mesmo duplicar até o fim da década, atingindo, no conjunto, um potencial equivalente ao de uma usina hidrelétrica do tamanho de Itaipu.” George Vidor, jornalista especializado em política e economia em sua coluna no jornal O Globo

Política de biocombustíveis na China deveria contemplar etanol brasileiro

O governo chinês parece cada vez mais sintonizado com uma política de biocombustíveis nacional, apesar das dificuldades de produção que enfrenta em razão de uma série de fatores. Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a adesão da China a um projeto mais arrojado de biocombustíveis é bem-vinda, e deveria contemplar a importação do etanol brasileiro produzido a partir da cana, para atender à crescente demanda. ”É salutar que a China tenha adotado uma política de biocombustíveis mais ambiciosa. No entanto, acreditamos que os chineses deveriam permitir que o etanol produzido no Brasil possa se somar à produção local, o que traria benefícios enormes no que tange à redução de gases de efeito estufa (GEEs), em particular no transporte público chinês que tem crescido rapidamente,”avalia Géraldine Kutas, Assessora Sênior do presidente da UNICA para Assuntos Internacionais. Meta de Consumo No dia 24/04, um porta-voz do Escritório Nacional de Energia da China informou que o governo chinês estabeleceu uma meta de consumo de cinco milhões de toneladas de biocombustiveis no período de 2011 a 2015, quase o dobro do que foi estipulado no plano quinquenal anterior (2006-2010). Em 2011, a China importou cerca de 55% do seu consumo em petróleo. Para Li Shizhong, diretor do Centro de Pesquisa em Novas Energia, do Instituto de Pesquisa Nuclear da universidade Tsinghua, “a indústria de biocombustíveis é um sistema integrado que pode impulsionar o desenvolvimento de uma série de outras indústrias como a agricultura, produtos químicos, plásticos, automotiva, geração de energia, transportes e serviços, além de estimular a demanda doméstica”. Limites para produção Os recentes e sucessivos aumentos do PIB chinês dos últimos anos esbarram em um problema que deve ser enfrentado quando se pensa na produção em escala de biocombustíveis. “Há limitações claras de terra e água no país, o que se contrapõe a uma população crescente e com poder aquisitivo que emerge. Este cenário teoricamente favoreceria a importação de etanol do Brasil,” conclui a assessora da UNICA.

domingo, 13 de maio de 2012

Aumento de 5% na produção de cana-de-açúcar é pouco para o setor

A colheita da cana-de-açúcar ainda está no começo em São Paulo, o principal estado produtor. Embora as estimativas iniciais indiquem aumento de 5% na produção, o setor não está comemorando. O agricultor Paulo Maximiliano Neto planta cana em 3,6 mil hectares em Ribeirão Preto, região nordeste de São Paulo. Ele fornece para uma usina da região e espera receber 5% a mais do que no ano passado. Porém, ele afirma que os reajustes dos últimos anos não têm sido suficientes para investir na produção. “A gente não tem condições de fazer a renovação por conta do preço e da falta de investimento no setor. Seria preciso um diálogo entre governo, usinas e fornecedores pra conseguir mais produtividade e uma renovação maior dos canaviais”, explica Paulo. As destilarias que produzem apenas o etanol sentem ainda mais os efeitos da crise financeira que atinge o setor. É o caso de uma destilaria, que fica em Sertãozinho, interior de São Paulo. Ela produz apenas etanol e na safra passada colheu 630 mil toneladas. O custo de produção de cada litro de etanol ficou em R$ 1, em média, e o lucro não passou de R$ 0,15 por litro. “O preço do açúcar geralmente vale de 25% a 30% a mais que o álcool, então isso traz um custo diferenciado do produto. Quem não tem açúcar, tem que carregar esse ônus”, explica o diretor da destilaria, Antonio Eduardo Tonielo. A falta de investimentos também afeta outras empresas do setor. Uma delas, com sede em Piracicaba e mais cinco unidades no país, fabrica equipamentos para usinas. O faturamento caiu de R$ 2 bilhões para R$ 900 milhões nos últimos cinco anos. “Isso teve os mais diferentes impactos. Alguns foram de cancelamento de encomendas e outras de reprogramação. Existem também projetos que ainda estão suspensos”, afirma José Luiz Olivério, vice-presidente da empresa. Hoje no estado de São Paulo, 17% das usinas produzem apenas etanol e 1% somente açúcar. A maioria, 82%, é de indústrias mistas que aproveitam os equipamentos para fabricar etanol e açúcar. Preços altos Todos reconhecem que o grande problema hoje é o preço do etanol ao consumidor. Em 2008, o litro era vendido nos postos por R$ 1,30. Hoje, sai por R$ 1,80, aumento de 38,5%. Já o custo de produção por tonelada de cana subiu de R$ 43 para R$ 67, alta no período de 55,8%. Quando o preço do etanol sobe, o mercado desaparece. “O consumidor brasileiro quando faz a conta e percebe que o valor do álcool não está compensando, migra para a gasolina. Ele está preocupado com o valor e não com o benefício ambiental que o etanol tem. É preciso uma política tributária diferenciada entre o etanol e a gasolina”, opina o diretor técnico da União das Indústrias da Cana-de-Açúcar, Antonio de Pádua. A política pública que o governo adota hoje na área de combustíveis é a administração do preço da gasolina. Entre os objetivos, está o controle da inflação.

Está no ar o Portal de Acesso à Informação do INPE

Dados de interesse público sobre programas e ações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estão agora disponíveis em seu Portal de Acesso à Informação: www.inpe.br/acessoainformacao O usuário encontra informações sobre orçamento e metas, servidores, auditorias, convênios, despesas, licitações e contratos. Também estão disponíveis em linguagem acessível respostas a dúvidas comuns sobre o funcionamento do instituto, suas áreas de atuação e principais pesquisas no link “Perguntas Frequentes”. O lançamento do portal na internet atende à Lei de Acesso à Informação no Brasil, sancionada pela presidente Dilma Rousseff para regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas. O portal do INPE utiliza a plataforma de gerenciamento de conteúdo (CMS) de código aberto recomendada pelo Programa de Governo Eletrônico do Governo Federal.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Programa financiará projetos sobre recursos hídricos.

O Instituto Interamericano para Pesquisas em Mudanças Globais (IAI), sediado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com o Centro de Excelência em Segurança Hídrica (Aquasec) e o Centro Hídrico para Regiões Áridas e Semiáridas da América Latina e Caribe (Cazalac) realizam de 8 a 17 de outubro o próximo Instituto de Capacitação sobre manejo de recursos hídricos, em La Serena, no Chile. As candidaturas para o evento, que deve resultar em projetos financiados pelo IAI, devem ser submetidas até o dia 30 de maio. O Instituto de Capacitação é um treinamento em gestão adaptativa de recursos hídricos (AWM, na sigla em inglês) com aulas ministradas por especialistas internacionais, exercícios práticos e projeto final. É direcionado aos profissionais de hidrologia, clima, uso do solo, pesquisa socioeconômica, ONGs, organizações comunitárias, indústria, bem como cientistas e técnicos. Este programa irá explorar a crescente demanda por recursos hídricos, especialmente em regiões áridas e semiáridas, assim como questões relacionadas às mudanças climáticas, variação hidroclimática, crescimento populacional, urbanização e necessidades dos ecossistemas aquáticos. O objetivo é capacitar os profissionais a avaliarem os impactos da variabilidade do clima na segurança hídrica. O treinamento também irá abordar a preparação de uma proposta de projeto multinacional e multidisciplinar que poderá ser submetido internacionalmente. As melhores propostas serão financiadas pelo IAI no âmbito do Training Institute Seed Grant Program (TISG-II). O programa subsidia projetos para que os participantes juntem-se à rede Aquasec e continuem interagindo e colaborando com colegas de outros projetos na área. Fonte: Inpe