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quarta-feira, 27 de março de 2013

Radar de pesquisa mostra chuvas sobre bairros e ruas da Grande São Paulo


Está em operação para a região metropolitana de São Paulo um radar de dupla polarização de alta precisão que mostra uma série de informações sobre chuvas em tempo quase real. O equipamento faz parte do Projeto Chuva, financiado pela FAPESP, reunindo diversas instituições de pesquisa sob a coordenação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Um dos principais objetivos do Chuva é prever tempestades e mapear as chuvas por bairros de acordo os diferentes tipos de sistemas que atuam na região.

Além de obter dados para pesquisa, o radar integra um sistema de previsão e monitoramento de chuvas – o SOS Chuva São Paulo, que pode ser acompanhado pela homepage: http://sigma.cptec.inpe.br/chuvasp/. Associado ao Google Earth, o sistema é capaz de trazer detalhes sobre as chuvas ao nível de ruas.

O pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, Luiz Augusto Machado, coordenador do projeto, destaca que o SOS Chuva São Paulo poderá ser uma ferramenta bastante útil a tomadores de decisão, como a Defesa Civil, que atuam junto à população com o objetivo de minimizar os impactos das chuvas nesta época do ano. Também poderá servir como modelo a um sistema de prevenção a eventos severos. Como o sistema é aberto, qualquer usuário da internet pode acessar a página e verificar, por exemplo, se há tempestades nas proximidades ou verificar o deslocamento das chuvas na próxima meia hora.

O radar foi instalado próximo à represa Billings e irá complementar as medidas de outros equipamentos para ajudar a compreender com maior precisão e profundidade os mecanismos dos diferentes regimes de chuva que atuam na região. Campanhas similares já foram realizadas em Alcântara (MA), Fortaleza (CE), Belém (PA), Vale do Paraíba (SP) e Santa Maria (RS).

O uso do radar para a região metropolitana de São Paulo não estava previsto inicialmente pelo projeto. Segundo Machado, o equipamento foi colocado em operação pelo interesse na previsão imediata e nos eventos extremos sobre um grande centro urbano, como São Paulo. A decisão também levou em conta o fato de que o próximo experimento será realizado somente em 2014 em Manaus.

Durante este período em São Paulo, Machado afirma que as medidas serão feitas com menor número de instrumentos, mas por um período mais longo que nas últimas campanhas, devendo se estender no mínimo até setembro deste ano. Além do radar, o experimento conta com instrumentos instalados no prédio do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). A base de operações da campanha está localizada no CPTEC/INPE, em Cachoeira Paulista, sob a coordenação da pesquisadora Rachel Albrecht. Participam como coordenadores de áreas do Projeto Chuva pesquisadores do CPTEC/INPE, da USP e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

O SOS Chuva São Paulo acompanha em tempo quase real os sistemas atuantes na Grande São Paulo. O projeto conta ainda, de forma suplementar, com dados do radar de São Roque, da Força Aérea, que cobre um raio de 250 quilômetros, abrangendo boa parte do estado, com resolução de 1 quilômetro, e atualização a cada 15 minutos. O radar polarimétrico, por sua vez, atualiza os dados de chuva a cada 5 minutos, com resolução de 200 metros, cobrindo uma região menor, com raio de 100 quilômetros.

Pelo site do SOS Chuva São Paulo é possível visualizar a localização das chuvas, acumulados instantâneos e de até 24 horas. Também é possível visualizar a ocorrência de relâmpagos, previsão de chuva para a próxima meia hora, combinar dados de chuva com imagens de satélites meteorológicos e observar a trajetória das nuvens de chuva para os próximos 20 e 40 minutos através do Fortracc, produto desenvolvido pela DSA, divisão de pesquisa do CPTEC/INPE. Uma tabela mostra os acumulados das últimas horas (6, 12 e 24 horas) por bairros (subprefeituras) e municípios da região metropolitana e adjacências, dado fundamental ao monitoramento de áreas de risco. Segundo Machado, outras informações e serviços serão implementados e aperfeiçoados ao longo do tempo.

Instalação do radar às margens da represa Billings

Tela do sistema SOS Chuva São Paulo: http://sigma.cptec.inpe.br/chuvasp/

quinta-feira, 21 de março de 2013

Primeira estação do Glonass fora da Rússia é instalada na UnB


A Agência Espacial Brasileira (AEB), a Universidade de Brasília (UnB), e a Agência Espacial Russa (Roscosmos) inauguraram na última terça-feira (19/02), a estação do sistema de referência para o Sistema de Correção Diferencial e monitoramento do Sistema de Navegação Global por Satélite (Glonass) – o sistema de navegação por satélite russo. Esta é a primeira estação do Glonass instalada fora da Rússia.

Semelhante ao Global Positioning System (GPS), o Glonass localiza posições na superfície terrestre utilizando 24 satélites espalhados pela órbita da Terra. A estação instalada na UnB é destinada a melhorar o sinal do sistema para usuários finais. Os dados recebidos pela estação serão primeiramente processados no Brasil e depois enviados à Rússia para que seja feito um processamento mais preciso.
Primeira esta%C3%A7%C3%A3o do Glonass fora da R%C3%BAssia %C3%A9 instalada na UnB Primeira estação do Glonass fora da Rússia é instalada na UnB
Unb ganha 1ª estação do Glonass fora da Rússia. Fonte: AEB

Além de ser um importante componente para redução do erro de posicionamento do sistema Glonass na América do Sul, a instalação beneficiará pesquisas na área aeroespacial desenvolvidas nos laboratórios de Automação e Robótica (LARA) e de Biomédica (LAB) da UnB. Será importante, também, para as aplicações satelitais e para estudos geodésicos da universidade. As informações geradas pelo sistema poderão ser usadas em pesquisas por cientistas, especialistas da área e estudantes.

Segundo o vice-chefe da Roscosmos, Sergey Saveliev, a UnB e empresas russas assinarão, nesta quarta-feira (20), acordo para que outras duas estações sejam instaladas no Brasil. Os dados das três serão usados em conjunto. Outras ações na área espacial entre os dois países estão em estudo.
Segundo o presidente da AEB, José Raimundo Coelho, a UnB foi uma escolha certa para receber a estação por ser há anos comprometida com as atividades espaciais. “Acredito que a parceira entre os dois países trará benefícios tanto para o Brasil quanto para a Rússia. Capacitaremos nossos profissionais e eles terão um sistema mais eficiente”, afirmou o presidente.

Participaram do evento o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho; a vice-reitora da Universidade de Brasília, Sônia Báo; o vice-chefe da Agência Espacial Russa (Roscosmos), Sergey Saveliev; o diretor geral da JSC (Sistemas Espaciais da Rússia), Andrey Chimiris; o coordenador da Estação Glonass na UnB, Profº Ícaro dos Santos; os diretores da AEB, Carlos Gurgel e Petrônio Souza, e ainda o Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da AEB, José Monserrat.

Estação

Três especialistas russos vieram a Brasília instalar a estação no telhado do novo prédio do Centro de Processamento de Dados (CPD). O equipamento trazido da Rússia conta com uma antena e dois racks com processadores, um para receber o sinal e outro para transmitir informações para sede do projeto na Rússia. Até 2020, a Roscosmos espera ter 56 estações semelhantes a esta que está sendo montada na UnB. Outras 22 estações iguais às da UnB já funcionam em território russo, uma delas na Antártida.

Fonte: AEB

terça-feira, 19 de março de 2013

Satélite ajudará a regularização de propriedades rurais

O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento assinaram hoje (11), na capital paulista, acordo de cooperação técnica para regularização ambiental de imóveis rurais, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Os ministérios serão parceiros no incentivo aos produtores a se inscreverem no CAR. Um serviço de satélite captará imagens de todas as propriedades rurais para conferir a situação de cada uma delas.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, explicou que existem cadastradas no Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra) 5,4 milhões de propriedades em todo país. O sistema começa a operar neste ano fotografando todas as propriedades e a ideia é montar uma base de dados que servirá para fazer a regularização ambiental. “As imagens são base do cadastro. As propriedades serão marcadas e identificadas e o próprio sistema diz se ali há uma área de preservação permanente (APP) e outros dados”.

A ministra disse que, identificadas áreas onde é necessário recuperar as APPs, será definida uma estratégia de recuperação ambiental junto com o órgão competente do estado e de acordo com o bioma local. “Nós precisamos do cadastro para poder definir a estratégia estado por estado, bioma por bioma, considerando bacias hidrográficas, nascentes, rios, culturas etc. É um trabalho que vai exigir engajamento de todo o país”. O sistema está sendo disponibilizado pelo Ibama para que os estados comecem a usá-lo assim que decidirem. A orientação do ministério é a de não tirar ninguém do campo, mas recuperar as áreas com total transparência.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, ressaltou que o cadastro é a segurança e a proteção do produtor com relação ao que ele está fazendo em sua propriedade a respeito do meio ambiente. “Com o CAR, nenhum produtor vai escutar discurso desnecessário. Muitos produtores estão assustados com o cadastro porque muita gente os assustam, dizendo coisas que não são verdade. O CAR vai permitir que eles tenham uma defesa ao seu alcance. Vai mostrar que as coisas não são tão sérias assim, que produzem para a alimentação e não agridem o meio ambiente”, finalizou.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 18 de março de 2013

Resiliência das florestas tropicais às mudanças climáticas pode ser maior, diz estudo


Artigo publicado nesta semana na Nature Geoscience sugere que a floresta pode ser mais resiliente às mudanças climáticas induzidas pelo aumento das emissões de CO2 do que sugerem alguns estudos anteriores. No entanto, ainda permanecem incertezas significativas na forma como a limitação de nutrientes e a aclimatação podem afetar a floresta em um mundo em aquecimento. O estudo tem como coautores os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) José Marengo e Carlos Nobre e é resultado de uma colaboração entre o Instituto o Reino Unido (Universidade de Oxford, UK Met Office, Center for Ecology and Hydrology e Universidade de Exeter, entre outras).

As alterações de estoques de carbono das florestas tropicais, em resposta às mudanças do clima e à composição atmosférica ainda são incertas. Entretanto, a avaliação do potencial de perda futura de carbono é importante para balizar a eficácia dos programas de redução de emissões por desmatamento e degradação.

O artigo "Simulated resilience of tropical rainforests to CO2-induced climate change"(Resiliência simulada das florestas tropicais às mudanças climáticas induzidas pela emissão de CO2) relata a utilização de simulações com 22 modelos climáticos e ecológicos e a descoberta de que apenas uma delas apresenta projeção de perda de biomassa pelas florestas tropicais no final do século 21. Foram analisadas as três principais regiões de floresta tropical: as Américas (América Central e a Bacia Amazônica), África e Ásia.

“Os resultados sugerem que a possibilidade de haver um colapso da floresta amazônica no futuro, devido ao aumento de CO2 é menor do que o anteriormente demonstrado”, afirma José Marengo. “De fato, as florestas poderiam perder parte do estoque de carbono, mas isso não levaria a um processo de colapso ou savanização, ou seja, a floresta amazônica mostraria resiliência às mudanças climáticas”.

As florestas tropicais armazenam aproximadamente 470 bilhões de toneladas de carbono em sua biomassa e solo, são responsáveis por cerca de um terço da produtividade primária terrestre global, regulam a meteorologia local e abrigam uma enorme biodiversidade.

Análises anteriores têm investigado a potencial vulnerabilidade das florestas tropicais em relação às alterações climáticas. Alguns, com base em projeções futuras pelo modelo climático HadCM3 EM 2000, por exemplo, sugerem que a mudança climática induzida por ações humanas poderia causar perdas catastróficas de cobertura florestal e de biomassa em toda a Amazônia.

“Estes resultados ainda apresentam incertezas, pois ainda que os modelos climáticos e ecológicos utilizados sejam de última geração, representando melhor a interação vegetação-atmosfera, existem processos ainda não bem conhecidos que podem não estar bem representados nos modelos, como a assimilação de nutrientes, por exemplo”, explica o pesquisador.

Marengo ressalva também que é preciso cautela na abordagem da questão da Amazônia. “Um desmatamento crescente, ou aumento da concentração de gases de efeito estufa pode afetar, sim a floresta no futuro. Por isso, é indispensável se pensar em medidas de mitigação (redução do desflorestamento e das emissões) para não se criar um ambiente favorável à potencial perda da floresta amazônica”.

quinta-feira, 14 de março de 2013

IBGE disponibiliza novos mapas de cobertura e uso da terra


Já estão disponíveis, no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os Mapas da Cobertura e Uso da Terra dos Estados do Rio Grande do Sul e do Amazonas, em escala 1:250.000, além do Mapa Mural de Uso da Terra do Brasil, na escala 1:5.000.000.
Os mapas estaduais, que resultaram da interpretação de imagens de satélite, com o apoio de trabalho de campo e de documentos de referência, apresentam ampla gama de classificação; o mapa do Brasil, de características predominantemente agropecuárias, possibilita um retrato mais abrangente do censo agropecuário de 1996 e oferece ao usuário a oportunidade de comparar tipologias de uso com produtos mais recentes.
Mais detalhamento no RS
novo mapa do Rio Grande do Sul foi organizado para carga em banco de dados e apresenta informações detalhadas em formato shape, que incluem os produtos mais representativos de cada classe de mapeamento. As classes foram estruturadas através de um sistema de classificação multinível, que enfatiza o sensoriamento remoto como primeira fonte de informação, complementada com trabalhos de campo, entrevistas e dados estatísticos, além da literatura disponível.
Na delimitação das unidades de mapeamento, levou-se em conta a diversidade existente dentro das unidades consideradas homogêneas, motivo da adoção de padrões de uso da terra para representação dos fenômenos identificados. O sistema de classificação adotado prevê cinco grandes categorias de Cobertura e Uso da Terra: Áreas Antrópicas não Agrícolas, Áreas Antrópicas Agrícolas, Áreas de Vegetação Natural, Água e Outras Áreas. As unidades de mapeamento foram identificadas em diferentes classes dessas categorias e descritas em seus aspectos e características relacionadas ao estado.
Produtos de divulgação resultantes do mesmo estudo já se encontram disponíveis na página do IBGE em escala 1:1 000 000 e 1:100 000 para atender às necessidades dos diferentes usuários.
Mapa do Amazonas resultou de 76 imagens de satélite
novo mapeamento do Amazonas, com detalhamento superior ao do produto divulgado em dezembro do ano passado, na escala 1:1.800.000, também faz parte do levantamento e classificação de Uso da Terra de todo o território brasileiro. O mapa foi elaborado a partir da interpretação de 76 imagens do satélite Landsat–TM-5, relativas ao período 2010-12, somada à aplicação de questionários e agregada a informações tais como vetores das áreas especiais de exploração mineral e outros documentos.
As imagens foram registradas e interpretadas em ambiente Spring e ajustadas à base cartográfica disponível no banco de dados de informações ambientais da Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais – CREN. Para a classificação utilizou-se o Sistema de Classificação de Uso da Terra – SCUT. Os procedimentos operacionais passaram por segmentação e classificação supervisionada com exaustivo trabalho de edição matricial, apoiada na adição de informações vetoriais e textuais.
Os resultados são apresentados em formato shape.
Mapa mural de uso da terra do Brasil
mapa de Uso da Terra do Brasil, escala 1:5 000 000, foi construído a partir das informações coletadas nos setores censitários do Censo Agropecuário de 1996. A ideia de formatar esses dados sob a mesma classificação dada ao mapa mural de 2006 se deu pelo interesse em comparar a evolução da utilização nos estabelecimentos agropecuários, no período.
Este produto foi elaborado através de expressões lógicas em seu procedimento metodológico, o que permitiu classificar os usos pela sua predominância, estabelecendo-se os patamares de 50%, 50-25%, 25-10% e menor que 10% de utilização nos estabelecimentos agropecuários, hierarquizados em duas categorias: simples e composta (neste caso, os usos no setor censitário são formados por mais de uma classe). As classes reunidas abaixo do patamar de 50% foram subdivididas em três estratos (infere-se que aqueles com menos de 10% de ocupação nos estabelecimentos estejam preservados com suas coberturas vegetais primárias).
Os resultados são apresentados em formato shape e pdf.
Mapa mural de uso da terra do Brasil IBGE disponibiliza novos mapas de cobertura e uso da terra
Fonte: IBGE

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segunda-feira, 11 de março de 2013

PNUD contrata estudos para 11 parques e reservas


Progama das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), publicou editais para contratação dosdiagnósticos ambiental e socioeconômico que vão subsidiar a elaboração dos planos de manejo das 11 unidades de conservação (UCs) federais do interflúvio Purus-Madeira (BR 319). Para ter acesso aos editais,clique aqui.
Estão contempladas nos editais a Reserva Biológica (Rebio) Abufari, a Estação Ecológica (Esec) Cuniã, os parques nacionais (Parna) Mapinguari, Nascentes do Lago Jari, as reservas extrativistas (Resex) Lago do Capanã-Grande, Ituxi, Médio Purus, Lago do Cuniã e as florestas nacionais (Flona) Humaitá,  Balata-Tufari e Iquiri. As unidades ficam nos estados do Amazonas e norte de Rondônia.
Os editais são específicos para as UCs da região da BR-319 devido a um acordo de cooperação firmado com o DNIT para a implementação das unidades, quando foi repassado recurso para a elaboração dos planos de manejo, além de outras ações estruturantes.
Os diagnósticos ambiental e socioeconômico têm o objetivo de colher e analisar informações sobre as 11 unidades e sua região, auxiliando e subsidiando na elaboração dos planos de manejo. Só depois de prontos os diagnósticos, é que será iniciada a elaboração dos planos.
Segundo a analista ambiental Ana Rafaela D’Amico, do Parque Nacional Campos Amazônicos, que fica em áreas do Mato Grosso, Amazônia e Rondônia, as unidades de conservação ao longo da BR 319 sofrem muita pressão em relação ao desmatamento, principalmente as localizadas no sul do Estado do Amazonas, onde há avanço da fronteira de colonização e grande pressão de invasão de terras públicas.
O PNUD, como parceiro do ICMBio nesse trabalho, está operacionalizando o gasto dos recursos. O WWF Brasil e a Comunidade de Ensino e Aprendizagem em Planejamento de Unidades de Conservação, organizações não governamentais, são parceiras no projeto. Para mais informações acesse os editais desta contratação.
Fonte: Comunicação ICMBio

sábado, 9 de março de 2013

INPE realiza curso para profissionais do setor agrícola


Estão abertas as inscrições para o curso online de meteorologia por satélite aplicada à agricultura, que será realizado de 13 a 15 de março. Promovido pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o curso terá aulas ministradas à distância, de forma interativa e em tempo real, por meio da Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNP).

O objetivo do curso é auxiliar os profissionais envolvidos com o setor agrícola a entender melhor os produtos derivados dos sensores remotos na aplicação da informação agrometeorológica, para aumentar a eficiência da produção e contribuir para um ambiente sustentável. Durante o curso, são fornecidas as ferramentas necessárias para a compreensão dos produtos de satélite e radar relacionados com a agricultura.

O curso será ministrado por pesquisadores do CPTEC/INPE, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Serão abordados os seguintes temas: Índice de Vegetação por Diferença Normalizada e Temperatura da Superfície Continental, O Uso de Satélites na Estimativa da Radiação Solar e Terrestre, Agrometeorologia por Satélite, Precipitação e Número de Dias sem Chuva, Apresentação do Software SigmaCast: Aplicações à Agricultura.

A programação e o link para as inscrições estão disponíveis no site
http://cursos.cptec.inpe.br/meteorologia-agricultura-2013

segunda-feira, 4 de março de 2013

Laboratório natural no INPE possibilitará estudos ecológicos de longa duração


Um grande laboratório natural começou a ser implantado nesta sexta-feira (22/02) na unidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de Cachoeira Paulista (SP). O lançamento do projeto Mata Nativa, em parceria com a Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (ACEVP), possibilitará o reflorestamento de 23,7 hectares e a realização de pesquisas com o objetivo de produzir um modelo de recuperação de áreas degradadas e de avaliar o impacto do reflorestamento no ciclo hidrológico e no balanço de nutrientes, em uma bacia de drenagem.

A iniciativa, que ocupará cerca de 2% da área total do INPE de Cachoeira Paulista, também possibilitará a redução de 20% da Pegada de Carbono do Instituto, por meio do plantio de 36 mil mudas de espécies vegetais da Mata Atlântica. Para zerar a Pegada de Carbono do INPE (medida das emissões de CO2 produzidas por deslocamentos aéreos e terrestres) seria necessário o reflorestamento de 105 hectares.

“A emissão de carbono é muito relevante, mas é importante salientar que o replantio de árvores tem um valor ecológico e ambiental que extrapola, vai além dessa questão”, explicou o pesquisador Jean Ometto, coordenador do projeto pelo INPE. “Além de compensar as emissões, temos que trabalhar para a sua diminuição”.

Serão plantadas 80 diferentes espécies nativas da Mata Atlântica, entre elas amendoim-bravo, ipê-roxo, paineira, pau-viola, jequitibá-rosa e sangra-d’água. Durante a vigência da parceria, de dois anos, serão realizados experimentos e pesquisas no local. Entre as pesquisas previstas estão a dinâmica de nutrientes, a fixação de carbono e as taxas de crescimento das espécies. A partir desses estudos será possível propor métricas, protocolos de coleta e amostras, além de um modelo de recuperação florestal que poderá ser replicado.

O local do reflorestamento será utilizado ainda para o incentivo à educação ambiental na região de Cachoeira Paulista. “Nossa ideia é criar o “bosque dos alunos e docentes”, onde todos poderão plantar sua árvore e acompanhar o processo de recuperação da mata e suas implicações e efeitos”, afirmou Ometto.

Para o presidente da ACEVP, José Luciano Penido, o projeto Mata Nativa é uma oportunidade de aproximar a sociedade do conhecimento científico na área ambiental. “Estamos unindo esforços em direção à realização de um sonho maior, que é recompor a Mata Atlântica e preservar os aspectos culturais da região”.

“Esse grande laboratório natural representa uma inovação em termos de projetos do INPE na área ambiental, uma vez que, atualmente, as linhas de pesquisa do nosso Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) - que abriga o Mata Nativa - extraem dados da natureza, como eles se apresentam”, afirmou o diretor do INPE, Leonel Perondi. “Aqui serão gerados dados para subsidiar o desenvolvimento de uma metodologia reprodutiva para biomas degradados. A proposta se insere perfeitamente na missão do CCST, de gerar conhecimentos interdisciplinares para o desenvolvimento nacional com equidade e para redução dos impactos ambientais no Brasil e no mundo, fornecendo informações técnico-científicas de qualidade para orientar políticas públicas de mitigação e adaptação às mudanças ambientais globais”.

Confira aqui a íntegra do discurso do diretor Leonel Perondi 

 

Diretor do INPE, Leonel Perondi, durante o lançamento do projeto Mata Nativa

sábado, 2 de março de 2013

Labgis/UERJ divulga agenda com 13 cursos em março

Labgis/UERJ divulga agenda com 13 cursos em março
O Laboratório de Geotecnologias da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Labgis/UERJ) divulga sua agenda de turmas de geotecnologias para os meses de março e início de abril. São 13 turmas presenciais e a distância (EAD), certificadas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
• Sistemas de Informação Geográfica com ArcGIS for Desktop 10.1 – Módulo II (Rio de Janeiro) – Início em 11/03 – Noturno;
• Geodatabases com ArcGIS (Rio de Janeiro) – Início em 13/03 – Intensivo;
• Modelagem Conceitual de Banco de Dados Geográficos (Rio de Janeiro) – Início em 14/03 – Noturno;
• Sistemas de Informação Geográfica. com ArcGIS for Desktop 10.1 – Módulo I (São Paulo) – Início em 18/03 – Intensivo;
• Sistemas de Informação Geográfica com ArcGIS for Desktop 10.1 – Módulo I (Rio de Janeiro) – Início em 18/03 – Intensivo;
• Sistemas de Informação Geográfica Aplicados ao Licenciamento Ambiental (EAD) – Início em 19/03 – Noturno;
• Programação em Python no ArcGIS for Desktop (Rio de Janeiro) – Início em 25/03 – Intensivo;
• Geotecnologias Aplicadas ao Setor de Petróleo & Gás (Rio de Janeiro) – Início em 01/04 – Intensivo;
• Sistemas de Informação Geográfica com ArcGIS for Desktop 10.1 – Módulo I (EAD) – Início em 06/04 – Sábados;
• Sistemas de Informação Geográfica com ArcGIS for Desktop 10.1 – Módulo I (Rio de Janeiro) – Início em 06/04 – Sábados;
• Sistemas de Posicionamento Global – Teoria e Prática (Rio de Janeiro) – Início em 08/04 – Intensivo;
• Sensoriamento Remoto e Processamento Digital de Imagens (EAD) – Início em 08/04 – Noturno;
• Geomarketing (EAD) – Início em 15/04 – Noturno.
O Labgis Extensão já ofertou, desde 2011, mais de 100 turmas de geotecnologias, contabilizando mais de 1.500 matrículas. Para mais informações e inscrições, acesse o site do Labgis/UERJ.
+Info
extensao@labgis.uerj.br
www.labgis.uerj.br/extensao