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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Novo mapa mostra fragilidade da biodiversidade dos Andes.


A região Andina no Perú e Bolívia, coberta pela floresta Amazônica, é uma das áreas mais ricas em diversidade biológica e vem sendo alterada rapidamente. Um novo estudo publicado na revista de acesso livre BMCEcology, utilizando informações coletadas nos últimos 100 anos por exploradores e imagens de satélites, revela padrões detalhados das espécies e ecossistemas que existem somente na região.
O estudo também descobriu que muitas dessas espécies e ecossistemas únicos e endêmicos necessitam de proteção constante a nível nacional. Espécies endêmicas estão restritas a uma área específica e não são encontradas em outro lugar. São particularmente vulneráveis às mudanças climáticas e ambientais, e exigem condições do solo e climáticas únicas.
Uma equipe multinacional dos Estados Unidos, Bolívia, Peru e outros países elaborou um mapa da grande variedade de ecossistemas na Bolívia e no Peru. Mais de 7000 registros individuais da localização de espécies endêmicas de 115 aves, 55 mamíferos, 177 anfíbios e 435 plantas foram combinados com dados climáticos (WorldClim), da topografia (Shuttle Radar Topography Mission, NASA) e da vegetação (sensor MODIS de satélite da NASA ), resultando em mapas de distribuição de espécies com de 1 km² de detalhamento.
A análise dos mapas mostra que a maior concentração de aves e mamíferos é encontrada ao longo de uma faixa estreita na encosta oriental dos Andes, entre 2500 e 3000 metros acima do nível do mar. As espécies endêmicas de anfíbios atingem o máximo de 1000 a 1500m e concentram-se principalmente no sul do Peru e norte da Bolívia. Uma das áreas que pode ser considerada “insubstituível”, com o maior número de aves e mamíferos, está localizada em uma área desprotegida ao redor do Património Mundial de Machu Picchu (Cordilheira de Vilcabamba, Peru)
Segundo o estudo, um total de 226 espécies endêmicas não tem proteção nacional, e cerca de metade dos sistemas ecológicos têm 10% ou menos de suas áreas sob proteção. Além disso, apenas 20% de áreas com um alto número de espécies endêmicas estão protegidas e 20% das áreas são insubstituíveis.
Segundo a Dra. Jennifer Swenson, pesquisadora da Universidade de Duke que liderou o projeto, a biodiversidade na Cordilheira dos Andes está sendo ameaçada pela exploração de petróleo e mineração de ouro, projetos de infraestrutura, cultivos ilícitos e muitas outras atividades. “Há evidências de espécies que estão migrando para regiões altas devido às alterações climáticas na região”, afirma.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ONU vai abrir escritório no Rio para prevenção de desastres naturais.

A Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que vai abrir no Rio de Janeiro (RJ) seu primeiro escritório fora da sede, para coordenar respostas a fenômenos naturais. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
A entidade pretende dar início às atividades neste ano. A decisão foi tomada em virtude da ocorrência reincidente de catástrofes no Brasil. Apesar de traçar estratégia direcionada, a ONU alerta que não será de um dia para o outro que conseguirá compensar anos de falta de investimentos. De acordo com dados divulgados ontem, o Brasil teve o terceiro maior número de mortes causadas por desastres em 2011 e está entre os nove países com o maior registro de tragédias.
As enchentes no Brasil mataram 900 pessoas em 2011 – 3% do total mundial. Apenas o tsunami no Japão e as chuvas nas Filipinas deixaram saldo superior. O alto número de vítimas fez o governo brasileiro recorrer à ONU e, em novembro, destinar recursos para abertura do escritório no Rio. A função será de auxílio a prefeituras, governos estaduais e até mesmo o governo federal para lidar com desastres.
Números
Os desastres criaram em 2011 as maiores perdas já registradas pela ONU, desde 1980. Foram 302 desastres, e morreram 29,7 mil pessoas. Só no Japão, o tsunami fez quase 20 mil mortos. O segundo lugar é das Filipinas, com 1,4 mil mortos, seguido pelo Brasil. A seguradora Swiss Re estima que o Brasil perdeu R$ 5 bilhões em dez anos só com enchentes.
Fonte: O Estado de São Paulo

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Aproveitamento do calor da Terra


A energia geotérmica tem sido utilizada por milhares de anos em alguns países para cozinhar e aquecer. É simplesmente o poder derivado de energia heat.This da Terra térmica interna está contido na rocha e fluidos abaixo da crosta terrestre. Ela pode ser encontrada a partir de solo superficial a vários quilômetros abaixo da superfície, e ainda mais para baixo para o rock extremamente quente derretido chamado magma.

Estes reservatórios subterrâneos de vapor e água quente pode ser aproveitado para gerar eletricidade ou para aquecer e refrigerar edifícios diretamente.

Um sistema de bomba de calor geotérmicas podem tirar proveito da temperatura constante da parte superior 10 pés (três metros) da superfície da Terra para aquecer uma casa no inverno, enquanto a extração de calor do edifício e transferi-lo de volta à terra relativamente mais frias no verão.

Água geotérmica das profundezas da Terra podem ser usados ​​diretamente para aquecimento de casas e escritórios, ou para o cultivo de plantas em estufas. Algumas cidades dos EUA tubulação de água quente geotérmica sob estradas e calçadas para derreter neve.

Para produzir energia geotérmica gerada energia elétrica, poços, às vezes uma milha (1,6 km) de profundidade ou mais, são perfurados em reservatórios subterrâneos de tocar de vapor e água muito quente que as turbinas da unidade ligada à electricidade. A eletricidade gerada geotermicamente primeiro foi produzido em Larderello, Itália, em 1904.

Existem três tipos de usinas de energia geotérmica: o vapor seco, flash, e binário. Vapor seco, a mais antiga tecnologia geotérmica, tira a vapor de fraturas no chão e usa-lo diretamente acionar uma turbina. Plantas de flash puxar profunda, água de alta pressão quente em refrigerador, baixa pressão de água. O vapor que resulta deste processo é usado para acionar a turbina. Em plantas binário, a água quente é passado por um fluido secundário com um ponto de ebulição muito mais baixo que a água. Isso faz com que o fluido secundário para transformar em vapor, que então aciona uma turbina. A maioria das usinas geotérmicas no futuro será plantas binário.

A energia geotérmica é gerada em mais de 20 países. Os Estados Unidos é o maior produtor do mundo, eo maior desenvolvimento geotérmico do mundo é o norte Geysers de San Francisco, na Califórnia. Na Islândia, muitos dos edifícios e as piscinas são aquecidas até mesmo nadar com água quente geotérmica. A Islândia tem pelo menos 25 vulcões ativos e muitas fontes termais e gêiseres.

Há muitas vantagens da energia geotérmica. Ele pode ser extraído sem queimar um combustível fóssil, como carvão, gás ou petróleo. Campos geotérmicos produzir apenas cerca de um sexto do dióxido de carbono que uma usina de energia relativamente limpa a gás natural alimentado produz. Plantas binário liberação essencialmente sem emissões. Ao contrário da energia solar e eólica, a energia geotérmica está sempre disponível, 365 dias por ano. Também é relativamente barato; poupança de uso direto pode ser tanto quanto 80 por cento em relação aos combustíveis fósseis.

Mas tem alguns problemas ambientais. A principal preocupação é a liberação de sulfeto de hidrogênio, um gás que cheira a ovo podre em baixas concentrações. Outra preocupação é a disposição de alguns fluidos geotérmicos, que pode conter os baixos níveis de materiais tóxicos. Embora os sites geotérmica são capazes de fornecer calor por muitas décadas, locais específicos, eventualmente, podem esfriar.

FONTE:www.nationalgeographic.com

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012


Ilustração representa os dois novos sistemas planetares com dois sóis descobertos pelo telescópio espacial Kepler. O fenômeno que foi observado pela primeira vez na história em setembro do ano passado e consolida a suspeita de que existem milhões deles na galáxia

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

China testa sistema Beidou


A China testou, na terça-feira passada, 27, mais um satélite do Beidou, sistema de posicionamento global nacional, que fará com que o país se torne independente com relação à serviços de navegação, principalmente do norte-americano GPS.
O porta-voz do sistema, Ran Chengqi, disse à imprensa que o Beidou (ou Ursa Maior) cobrirá a maior parte da região Ásia-Pacífico no próximo ano, e que a partir de 2020 terá alcance mundial.
A China já lançou dez satélites para formar a rede do Beidou, e planeja lançar mais seis no ano que vem. Ainda, de acordo com informações da imprensa estatal chinesa, o sistema será composto por 35 satélites, que serão usados por diversos setores, como meteorologia e telecomunicações.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Novos investimentos em geoprocessamento para combater desmatamento no Amapá


A alta densidade de nuvens no Amapá está exigindo alternativas para o controle e combate a crimes ambientais no bioma do estado. O governo implantará novos métodos para contribuir para os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que são utilizados pelo Ministério do Meio Ambiente.
A dificuldade da captação de imagens por meio de satélites seria uma das causas do baixo índice de áreas desmatadas apresentado no Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal ), relatório anual que usa imagens de satélite para medir o desmatamento.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Moradores da 415 Norte impedem derrubada de árvore nativa da Amazônia


Os ânimos ficaram exaltados na manhã de ontem entre um grupo de moradores da 415 Norte e funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). A tensão foi provocada pela tentativa dos servidores de derrubarem um pau-de- balsa (Ochroma pyramidale) — espécie nativa da Amazônia, com cerca de 10m de altura —, plantado no início da construção de Brasília entre a escola classe da quadra e o Bloco G , ao lado uma área para prática de esportes. Os argumentos de que várias partes da árvore estão apodrecendo pelo ataque de fungos, de que o ciclo de vida está esgotado e de que há risco de queda não convenceram a comunidade. Várias pessoas cercaram a planta para defendê-la da motosserra dos servidores e estão dispostas a recorrer à Justiça para preservar a árvore. Apenas um galho do pau-de-balsa foi cortado.

Uma das moradoras chegou a discutir com um dos servidores. Ela ameaçou permanecer no local e avisou que, se a árvore fosse derrubada, seria atingida. Diante da resistência das pessoas, que acusaram os funcionários de agir com grosseria, a Novacap adiou para hoje a retirada da planta. Para a arquiteta Roseli Palissari, 48 anos, “apesar da truculência, o maior desrespeito é querer derrubar a árvore sem procurar outra solução”. Segundo ela, os servidores apresentaram um laudo, mas desconsideraram que a árvore é a maior da quadra, que abriga pássaros e toda uma biodiversidade. “Não tem outro caminho? Não dá para fazer uma escora?”, questionou a arquiteta, que avalia a decisão da Novacap como arbitrária. “Eles não levam em conta a idade da espécime, a sua história e importância.”

Eudes Queiroz, 53 anos, síndico do Bloco G, sugeriu o recurso à Justiça, com pedido de liminar, para adiar a derrubada até que moradores e Novacap discutam uma solução para salvar o pau-de-balsa. “Moro aqui desde 1994 e, sempre que pedimos para eles podarem algumas plantas, esperamos mais de seis meses. Aí, de repente, na semana de recesso, chegam sem falar com ninguém e querem arrancar uma árvore que nunca nos incomodou. Não vejo como ela representa um perigo tão grande”, ponderou.

A pequena Marina Agostini, 6 anos, chorou quando viu os funcionários da Novacap com motosserras cortando galhos da árvore. Ela mora há apenas um mês na quadra, mas brinca sob a sombra da planta quase todos os dias. No período de férias, com uma prima em casa, as raízes grossas do pau-de-balsa viraram espaço de aventura para as meninas. “Não quero que cortem. Ela é linda. Faz sombra na minha casa todos os dias. Minha avó disse que ela é igual a mim”, lamentou. “Achei um absurdo cortarem essa árvore. Minha filha ficou arrasada”, comentou a mãe, a estudante Camila Agostini, 23.

Responsabilidade
Segundo o chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Rômulo Ervilha, uma podridão do tamanho de um braço no tronco principal condena a árvore. Ele explica que a Novacap não pode cortar um espécime sem um laudo de um engenheiro florestal que ateste o risco iminente de queda ou o comprometimento de fiações aéreas ou subterrâneas (leia O que diz a lei). “A árvore está ao lado de uma escola. Se ela matar um estudante ou alguém que esteja passando pelo local, nós seremos responsáveis. Seremos processados por omissão. Além disso, nossos trabalhos são feitos mediante estudo de um profissional”, argumentou.

Ervilha disse ainda que uma escora não garante a permanência da árvore em pé. Segundo ele, o fungo ataca quando a árvore começa a morrer, e já está se multiplicando. O diretor se comprometeu a plantar outra árvore no lugar. “Somos responsáveis pela arborização de Brasília. Nós plantamos essa árvore e outras todos os anos. As plantas têm um ciclo de vida e nós temos que fazer o remanejamento. O problema é que, quando dá uma chuva e uma árvore cai em cima de um carro, somos culpados porque não fizemos a poda ou o corte, e quando vamos fazer o trabalho, reclamam que estamos retirando o espécime”, afirmou.

O que diz a lei
O Decreto nº 14.783, de 17 de junho de 1993, regulamenta a poda, o corte e o remanejamento de árvores no Distrito Federal. Qualquer um dos trabalhos deve ser feito mediante um laudo produzido por engenheiros florestais. Além de responsabilizar a Novacap em caso de quedas já comunicadas pela população, dá poder à autarquia para, mediante laudo, arrancar ou remanejar espécies ou autorizar outra empresa regulamentada a fazê-lo, em caso de risco iminente de queda ou de danificação de fiações ou encanamentos, por exemplo. A norma também obriga a companhia, a cada corte, a plantar 30 novas mudas caso se trate de uma planta nativa, ou 10 se for uma espécie exótica. Ainda de acordo com o texto, o governo não pode cortar lenhosas nativas ou exóticas raras; de expressão histórica, beleza e raridade; em terrenos com declividade superior a 20%; e as localizadas em áreas de preservação permanente ou reserva ecológica. Outras 12 espécies também são tombadas e só podem ser retiradas em casos extremos: copaíba, sucupira-branca, pequi, cagaita, buriti, gomeira, pau-doce, aroeira, embiruçu, perobas, jacarandás e ipês.

Memória
2 de setembro de 2002
Morador da 416 Norte reclama de poda de árvores na quadra. Segundo ele, os funcionários do Departamento de Parques e Jardins da Novacap exageraram na hora de fazer o trabalho. Funcionários da autarquia cortaram galhos inteiros de árvores antigas. O órgão argumentou que a poda é necessária, mas que Brasília é uma das poucas cidades no mundo a evitarem os cortes estéticos, ou seja, deixar a árvore crescer de acordo com sua genética.

15 de julho de 2008
Moradores da 116 Sul criticaram a construção de Restaurantes de Unidades de Vizinhança (RUVs), previstos por Lucio Costa. O argumento: áreas verdes seriam destruídas para a construção das obras. Além disso, o trânsito nas quadras em horário comercial ficaria ainda mais complicado. O governo decidiu pelo verde.

5 de junho de 2009
Na 409/410 Norte, moradores reagem à decisão do governo de autorizar a construção de uma quadra de esportes em área verde. Para atender àqueles contrários à obra, que queriam conservar as árvores, o governo assumiu o compromisso de replantar todas as espécimes nas proximidades. A comunidade chegou a fazer uma votação para resolver o imbróglio.

Para saber mais
Espécie vive até 100 anos
O pau-de-balsa (Ochroma pyramidale), também conhecido como pau-de-jangada ou pata- de-lebre, oriunda da Região Amazônica, pode ser encontrada no sul do México, na Venezuela e na Bolívia. É uma das espécies de crescimento mais rápido do Brasil. Em dois anos, pode chegar a 7m de altura e, em seu habitat, alcança 30m, quando adulta, e pode viver cerca de 100 anos. Mas plantada em outro bioma, o tempo de vida cai à metade. O pau-de-balsa tem folhas grandes, que alcançam 35cm de comprimento. Normalmente, é utilizado no reflorestamento, devido ao bom retorno comercial. Entre maio e agosto, a árvore floresce e dá frutos em setembro e outubro. O nome popular revela as propriedades da madeira. É uma das mais leves entre as mais comercializadas. Fácil de manipular por ser macia, geralmente a madeira é usada na construção de embarcações, brinquedos e móveis. Chegou a ser usada na construção de aviões durante a Segunda Guerra Mundial. A árvore da 415 Sul, com pouco mais de 50 anos, tem um tronco com mais de 1,5m de diâmetro.

Fonte:www.correiobraziliense.com.br