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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MS confirma novos casos de dengue tipo 4 em RR


BOA VISTA - O Ministério da Saúde
(MS) confirmou ontem (18), por meio de nota
técnica, oito novos casos suspeitos de dengue tipo
4, em Roraima. Os exames aguardam apenas
contraprova que está sendo feita pelo Instituto
Evandro Chagas (IEC), em Belém (PA).
Na semana passada o ministério confirmou três
casos, em Boa Vista, e um ainda está sob análise.
Os novos casos foram detectados em 19 amostras,
que foram coletadas de pacientes suspeitos e de
pessoas que foram avaliadas em busca ativa para
detectar a abrangência do vírus e enviadas ao IEC.
Desses novos casos, seis são de pacientes que moram na capital e dois no interior. Um deles
vive no município do Cantá, a 30 km de Boa Vista, e o outro em Normandia, localizado a 190 km
de Boa Vista e que faz fronteira com a Guiana.
Ontem mesmo o Grupo de Operações Estratégicas, que realiza o trabalho de combate àdengue,
se reuniu para avaliar a nova situação. As autoridades querem saber se todos os pacientes
foram infectados em Boa Vista ou se o sorotipo já circula por todo o Estado.
Nessa quarta-feira agentes de endemias iniciaram as buscas pelos pacientes infectados pelo
sorotipo, para traçar o perfil epidemiológico dos casos. Hoje (19) a Secretaria Estadual de Saúde
realizará uma coletiva de imprensa para explicar o assunto.
Dengue
Até o dia 7 de agosto, foram notificados em Roraima 8.342 casos de dengue clássica com61
registros hemorrágicos e 160 com complicações. Em relação ao mesmo período de 2009, houve
acréscimo de 44,5%, quando foram notificados 4.631 casos. Em Boa Vista foram notificados
5.171 casos, o que equivale a 62% dos casos do estado de Roraima.
O vírus da dengue tipo 4 está de volta, depois de 28 anos sem circular no Brasil. Mas há
registros do vírus em dez países das Américas, incluindo Venezuela, Peru, Colômbia e Equador.
Roraima faz fronteira com a Venezuela.
Os sintomas e o tratamento para esta variação da dengue são os mesmos dos outros três tipos:
dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, febre, dor atrás dos olhos, diarreia, vômito,
entre outros. O protocolo de tratamento também é o mesmo, independentemente do tipo de
vírus.
A preocupação do Ministério da Saúde é que, como o vírus não é registrado no país há muitos
anos, a maioria da população não tem imunidade contra ele. Uma pessoa infectada novamente,
agora por este tipo 4, possa evoluir para o caso mais grave da doença, que é a forma
hemorrágica. Em Roraima circulam desde o início do ano os sorotipos 1 e 2.

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