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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Professora da UnB recebe Prêmio Sérgio Arouca de Excelência em Saúde Pública

Durante a 50ª Reunião do Conselho Diretor da PAHO, com a participação de Ministros da Saúde e autoridades sanitários do continente americano, dia 27 de setembro de 2010, foi divulgado o resultado da primeira edição do Prêmio Sérgio Arouca de Excelência em Saúde Pública.

A solenidade ocorreu em Washington, nos Estados Unidos. A professora Maria Fátima de Sousa, da Universidade de Brasilia (UnB),Brasil, foi a vencedora do certame.

Na foto, o diretor da PAHEF, Edward Kadunc, a professora da UnB, Maria Fátima de Sousa, e a diretora da PAHO, Mirta Roses Periago, na solenidade de premiação. O Prêmio Sérgio Arouca foi lançado em evento realizado em setembro de 2009, em Washington DC, pela Fundação Pan-Americana de Saúde e Educação (PAHEF) em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), no âmbito do Programa de Cooperação Internacional em Saúde (TC 41).

A intenção do prêmio, proposto pelo Ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, é dar visibilidade às ações bem-sucedidas no campo de saúde pública, que representem avanços significativos nas condições de saúde das sociedades dos países em desenvolvimento das Américas e que sejam passíveis de replicação.

Memória

Sérgio Arouca foi um dos principais teóricos e líderes do chamado “movimento sanitarista”, que mudou o tratamento da questão da saúde pública no Brasil. A consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde tornou-se um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta Magna: a saúde é o dever de todos e o dever do Estado.

A tese de doutorado de Arouca, “O Dilema Preventivista: Contribuição para a Compreensão e Crítica da Medicina Preventiva”, forneceu fundamentos teóricos estruturantes para a constituição da base conceitual da saúde coletiva.
Militante da saúde, Sérgio Arouca foi fundador e colaborador ativo do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES) e da Associação Brasileira de Pós Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO), espaços onde foi concebido o Sistema Único de Saúde do Brasil.

Arouca teve também uma atuação internacional. Enquanto consultor da OPAS/OMS, contribuiu diretamente no planejamento do sistema público nacional de saúde da Nicarágua, além de participar de diversos outros projetos estratégicos da Organização, inclusive como seu consultor no México, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Peru e Cuba. Ao assumir a presidência da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) possibilitou a revitalização e expansão da instituição nas áreas de ensino, pesquisa, produção e desenvolvimento de tecnologia da saúde ao tempo em que presidiu a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que consolidou o Sistema Único de Saúde (SUS).

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