As indústrias cimenteiras são o foco do estudo conduzido por Ana Braga, do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). A ideia é identificar os impactos sociais sobre a saúde e o ambiente, decorrentes da utilização de resíduos tóxicos como substitutos de fontes energéticas tradicionais adotadas por estas empresas.
De acordo com a pesquisadora, o crescimento populacional e o aumento do consumo têm gerado mais volume de lixo, especialmente urbano e industrial. Na medida em que cresceu em volume e em complexidade, o lixo passou a ser identificado como risco sanitário e ambiental, gerando a necessidade de rever as maneiras, até então utilizadas, para tratá-lo.
"Em realidade, o lixo sempre esteve mais próximo dos que vivem à margem da sociedade do que daqueles que o geraram, e na situação em estudo não é diferente. As indústrias cimenteiras, via de regra, instalam-se em municípios do interior, sobre jazidas de calcário que dificilmente poderiam ser exploradas em grandes centros. Modificam a vida das populações, alterando o perfil produtivo, as oportunidades de emprego e investimentos. Essa condição gera uma situação de forte dependência dos municípios em relação às cimenteiras, criando situações de injustiça ambiental", alerta a pesquisadora.
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